14/03/2013

Bill Clinton pede revogação de lei contra o casamento gay assinada por ele mesmo


FONTE: IGAY

Quando era presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton assinou em 1996 uma lei que definia o casamento como sendo entre um homem e uma mulher, impedindo o reconhecimento em nível federal do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

AFP
Clinton assinou em 1996 uma lei que impede o reconhecimento em nível federal do casamento entre pessoas do mesmo sexo
Na última quinta-feira (07), em um artigo publicado no jornal “The Washington Post”, o democrata que ocupou o cargo de presidente entre 1993 a 2001, disse que era “uma época bastante diferente” quando ele sancionou a lei do Ato de Defesa do Casamento (DOMA, na sigla em inglês). Na época, nenhum Estado americano reconhecia o casamento gay, embora alguns estivessem caminhando para aprovação, explicou Clinton. 
O democrata justificou a assinatura da lei dizendo que seu ato foi uma estratégia para impedir que deputados federais criassem uma emenda constitucional que proibisse o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Com a Suprema Corte do país prestes a rever a constitucionalidade do DOMA no próximo dia 27, o ex-presidente escreveu que a justiça “tem que decidir se a lei é consistente com os princípios de uma nação que honra a liberdade, igualdade e justiça acima de tudo, e se é constitucional”.
“Como o presidente que transformou o ato em uma lei, eu acredito que o DOMA é contrário a esses princípios e, de fato, incompatível com a nossa Constituição”, defendeu  o ex-presidente. 

Clinton escreveu  ainda que quando sancionou a lei, ele incluiu uma afirmação de que o decreto não deveria “ser entendido como uma desculpa para a permitir a discriminação”.A administração do governo Obama também já pediu para a Suprema Corte derrubar a lei, alegando que ela viola a garantia de proteção igualitária, negando aos casais gays os benefícios federais que estão disponíveis aos casais heterossexuais.
“Lendo essas palavras hoje, eu sei que, pior do que fornecer uma desculpa para a discriminação, a lei é em si discriminatória. Ela deve ser revogada”, admitiu o ex-presidente, no mea culpa publicado no jornal americano. 
*Com Reuters

Nenhum comentário: